Todos pelos Pearl Jam no adeus ao Optimus Alive

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O adeus foi à edição de 2010 do Optimus Alive!, mas também o foi aos Pearl Jam, pelo menos por algum tempo, a acreditar nas palavras de Eddie Vedder. Ontem à noite, em Algés, os Pearl Jam deram o último concerto da tournée europeia, com todas as emoções à flor da pele.

O último dia do Alive! esgotou e a culpa foi dos Pearl Jam. Mais bilhetes houvesse e teriam sido bem mais de 45 mil a assistir ao concerto da banda liderada por Eddie Vedder.

Quando entraram em palco, no mesmo em que actuaram há três anos atrás, na primeira edição do festival, o público reagiu com entusiasmo e alívio por, finalmente, ter chegado o tão aguardado momento.

Milhares de pessoas concentravam-se junto ao palco criando um aglomerado até agora NUNCA VISTO nesta edição do festival e, muito provavelmente, em nenhuma das anteriores.

Ora contemplativos e atentos, ora vibrantes, de braços no ar e a entoar cada palavra das canções, foi assim que o público reagiu a um concerto que se prolongou por mais de duas horas, e mais podia ter durado que ninguém se importaria.

As surpresas foram muitas e os corações mais frágeis poderão ter entrado em taquicardia.

“Português é muito difícil”, avisou Vedder, recorrendo a uma cábula para expressar um agradecimento directo aos portugueses: “Obrigado por virem ao nosso último show. Não será o último, mas é o último por muito tempo.” O público não gostou, assobiou, e Vedder garantiu que isso era uma coisa boa porque, assim, mais valia divertirem-se, pois não sabiam quando é que este momento se voltaria a repetir. O público aplaudiu.

Entre as músicas mais emblemáticas da banda e as para melómano recordar, ouviram-se “Just Breath”, “Black”, “Why Go”, “Daughter”, “Better Man” ou “Elderly Woman Behind The Counter In A Small Town”.

Vedder recordou que, nos últimos 10 anos, a banda começou e acabou várias digressões em Portugal, desfazendo-se em elogios ao público português: “Vocês são o público que melhor canta, quiçá, no planeta”.

Mas como elogios todas as bandas podem fazer, os Pearl Jam foram mais longe e brindaram os fãs com uma música inédita cujo refrão era “Portugal, Portugal”. O público emocionou-se, Vedder também.

Desfraldar a bandeira portuguesa foi o passo seguinte de um encore onde as emoções transbordaram dos dois lados do palco e onde “Alive” foi apenas mais uma das canções entoadas num longo coro.

De bandeira às costas, cigarro entalado nos lábios e garrafa de vinho tinto na mão, Eddie Vedder seguiu caminho para fora do palco rumo a um destino incógnito para os fãs portugueses, que apenas guardam a certeza de que tão cedo não o têm por cá.

[continuação...]